Como parte das ações do Projeto GEF Áreas Privadas, a Associação Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim (RJ), sediou a Reunião Ampliada da Coordenação Política da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ).

O encontro reuniu, nos dias 22 e 23 de maio, agricultores da região, articuladores locais e representantes de várias regionais que compõem a AARJ. Também estiveram presentes diversos apoiadores e simpatizantes da agroecologia, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ICMBio, Emater, AS-PTA , além da Cooperativa Cedro, Capina, representantes das secretarias de agricultura de Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Rio das Ostras, entre outras instituições. 

 O objetivo do evento, coordenado por Nelson Barbosa, coordenador de engajamento social da AMLD, foi fortalecer as articulações políticas em favor da sustentabilidade da agroecologia em territórios estratégicos do estado. Foram dois dias de escuta ativa, trocas de experiências e construção coletiva de ações futuras, como a realização da próxima edição do Encontro Estadual de Agroecologia em Silva Jardim (regional Serramar), em março de 2026, em comemoração aos 20 anos da AARJ. 

O diálogo também promoveu o fortalecimento de vínculos entre os participantes e reflexões sobre a organicidade de cada regional presente, oportunizando renovações e a criação de uma nova regional: a Lagos, abrangendo municípios litorâneos, desde Cabo Frio a Saquarema. 

O consultor da AMLD e engenheiro-agrônomo, Jaime Lima Franch, explicou que o objetivo do novo grupo é integrar outras comunidades ao movimento agroecológico fluminense.  No encontro, ele lembrou que a agroecologia também tem o papel de cuidar das pessoas e das relações entre elas pelo objetivo inerente que carrega: promover o bem estar de todos.    

Em uma grande roda participativa, ainda foram apresentados os principais debates em curso nas diferentes regiões, as potencialidades da agroecologia e a necessidade de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do setor. 

Os participantes ainda puderam se inspirar com visitas a Sistemas Agroflorestais (SAFs) bem-sucedidos e conhecer de perto os atrativos do Parque do Mico, como as trilhas ecológicas, a Casa do Mico, a exposição permanente sobre o mico-leão-dourado e a Mata Atlântica. 

A atividade realizada faz parte das ações do projeto GEF AP, que na APA da Bacia São João trabalha com 5 eixos temáticos: agroecologia, restauração ecológica, monitoramento, ecoturismo e gestão territorial. 

 Sobre o projeto 

O GEF Áreas Privadas – Concretizando o potencial de conservação da biodiversidade em áreas privadas no Brasil é financiado pelo Global Environment Facility (GEF) e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Sua gestão financeira é realizada pelo Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS), sob a coordenação técnica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).  Na Mata Atlântica coexecutado pela Associação Mico Leão Dourado (AMLD) e no Cerrado pela Fundação Pró Natureza (Funatura). Os principais objetivos são ampliar o manejo sustentável da paisagem, contribuir para a conservação da biodiversidade e fortalecer a provisão de serviços ecossistêmicos em áreas privadas no Brasil.  

 

Com informações:
Texto e imagens: Ariane Marques/AMLD e colaboradores: Roberta Leocádio Dias/ICMBio e Rayssa Maria Reis Freire/AMLD