Ministra Marina Silva participa do III Workshop de Mosaicos de Áreas Protegidas, ocasião em que foi apresentada a moção para criação do Mosaico Veadeiro-Paranã – Foto: Fernando Donasci/MMA

Entre os dias 18 e 20 de fevereiro, a equipe do projeto GEF Áreas Privadas (GEF AP) marcou presença no III Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas, realizado em Brasília.  Organizado pela Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas (REMAP), o workshop teve como objetivo promover o intercâmbio de experiências e fortalecer esse importante instrumento de gestão territorial. 

Durante o evento, os participantes aprovaram por aclamação uma moção de apoio à criação do Mosaico Veadeiros-Paranã, um novo conjunto integrado de áreas naturais protegidas no bioma Cerrado. 

A moção de apoio foi apresentada pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), coexecutora do GEF Áreas Privadas na Área de Proteção Ambiental (APA) de Pouso Alto, no Cerrado. Uma vez reconhecido, o Mosaico Veadeiros-Paranã integrará mais de 50 áreas naturais protegidas, totalizando aproximadamente 1,6 milhão de hectares. A iniciativa busca fortalecer a gestão conjunta dessas áreas, promovendo maior integração entre elas e facilitando a implementação de políticas públicas, como planos de manejo integrado do fogo e trilhas de longo curso. 

 

 

Atualmente, o Brasil possui 26 mosaicos de áreas protegidas reconhecidos em âmbito federal e estadual, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. No entanto, nenhum deles inclui Territórios Quilombolas em sua composição. O Mosaico Veadeiros-Paranã será o primeiro, marcando um avanço importante para a representatividade e a gestão territorial dessas comunidades. 

O reconhecimento desse mosaico é uma das metas da fase 2 do projeto GEF Áreas Privadas (2024-2026). O apoio à sua implementação está inserido no eixo temático de gestão territorial. Além deste, há ainda outras três frentes de atuação na APA de Pouso Alto: ecoturismo; agroextrativismo sustentável; e monitoramento da biodiversidade.  

O projeto é estruturado em três componentes interligados. As ações relacionadas ao reconhecimento do mosaico estão inseridas no Componente 1 visa valorizar a conservação da biodiversidade e da paisagem em áreas privadas do Cerrado e da Mata Atlântica, reduzindo a fragmentação das paisagens, ampliando habitats para espécies ameaçadas e desenvolvendo incentivos financeiros para a preservação. No Cerrado, a coexecução é realizada pela Funatura, enquanto na Mata Atlântica, fica a cargo da Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD). 

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Com informações:  Funatura.